quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

AUDIÊNCIA GERAL - Papa Bento XVI - 15 de Dezembro de 2010





Santa Verónica Juliani
Queridos irmãos e irmãs,
Completam-se nestes dias 350 anos do nascimento de Úrsula Juliani, que, aos 17, entrou no mosteiro das Clarissas Capuchinhas na «Città di Castello». Aqui ficará toda a vida, tomando o nome de Verónica, pelo qual é conhecida: Santa Verónica Juliani. A fonte principal para conhecermos a sua espiritualidade é o Diário: sente-se amada por Cristo, Esposo fiel e sincero, e quer corresponder com todo o amor de que é capaz uma criatura. Revela-se uma testemunha corajosa da beleza e da força do Amor divino, que a atrai, invade e abrasa. É o Amor crucificado que se imprimiu na sua carne – como na de São Francisco de Assis – com os estigmas de Jesus. As últimas palavras de Verónica podem considerar-se a síntese da sua apaixonada experiência mística: «Encontrei o Amor, o Amor deixou-Se contemplar!».

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ANGELUS - II Domingo de Advento

Praça de São Pedro, 5 de Dezembro de 2010

Queridos irmãos e irmãs!
O Evangelho deste segundo domingo de Advento (Mt 3, 1-12) apresenta-nos a figura de São João Baptista, o qual, segundo uma célebre profecia de Isaías (cf. 40, 3), se retirou no deserto da Judeia e, com a sua pregação, convidou o povo a converter-se para estar preparado para a iminente vinda do Messias. São Gregório Magno comenta que João Baptista «prega a fé recta e as obras boas... para que a força da graça penetre, a luz da verdade resplandeça, os caminhos para Deus se endireitem e surjam no ânimo pensamentos honestos depois da escuta da Palavra que guia para o bem» (Hom. in Evangelia, XX, 3, ccl 141, 155). O percurso de Jesus, situado entre a Antiga e a Nova Aliança, é como uma estrela que precede o nascer do Sol, de Cristo, isto é, d’Aquele sobre o qual — segundo outra profecia de Isaías — «se pousará o Espírito do Senhor, espírito de sabedoria e de inteligência, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de conhecimento e de temor do Senhor» (Is 11, 2).
No Tempo do Advento, também nós somos chamados a ouvir a voz de Deus, que ressoa no deserto do mundo através das Sagradas Escrituras, sobretudo quando são pregadas com a força do Espírito Santo. De facto, quanto mais a fé se deixa iluminar pela Palavra divina tanto mais se fortelece, por «tudo o que — como nos recorda o apóstolo Paulo — foi escrito antes de nós... por nossa instrução, porque, em virtude da perseverança e do conforto que provêm das Escrituras, mantemos viva a esperança» (Rm 15, 4). O modelo da escuta é a Virgem Maria: «contemplando na Mãe de Deus uma existência totalmente modelada pela Palavra, descobrimo-nos também nós chamados a entrar no mistério da fé, mediante a qual Cristo vem habitar na nossa vida. Cada cristão que crê, recorda-nos Santo Agostinho, num certo sentido concebe e gera o Verbo de Deus» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 28).
Queridos amigos, «a nossa salvação baseia-se numa vinda», escreveu Romano Guardini (La santa notte. Dall’Avvento all’Epifania, Brescia, 1994, p. 13). «O Salvador veio da liberdade de Deus... Assim a decisão da fé consiste... em acolher Aquele que se aproxima» (Ibid., p. 14). «O Redentor — acrescenta — vem junto de cada homem: nas suas alegrias e angústias, nos seus conhecimentos claros, nas suas perplexidades e tentações, em tudo o que constitui a sua natureza e a sua vida» (Ibid., p. 15).
À Virgem Maria, em cujo seio habitou o Filho do Altíssimo, e que quarta-feira próxima, 8 de Dezembro, celebraremos na solenidade da Imaculada Conceição, pedimos que nos ampare neste caminho espiritual, para acolher com fé e com amor a vinda do Salvador.

Apelo
Neste tempo de Advento, no qual somos chamados a alimentar a nossa expectativa do Senhor e a acolhê-lo no meio de nós, convido-vos a rezar por todas as situações de violência, intolerância e sofrimento que existem no mundo, para que a vinda de Jesus traga conforto, reconciliação e paz. Penso nas numerosas situações difíceis, como os contínuos atentados que se verificam no Iraque contra cristãos e muçulmanos, nos confrontos no Egipto que causaram mortos e feridos, nas vítimas de traficantes e de criminosos, como o drama dos reféns eritreus e de outras nacionalidades, no deserto do Sinai. O respeito dos direitos de todos é o pressuposto para a convivência civil. A nossa oração ao Senhor e a nossa solidariedade possam dar esperança a quantos sofrem.

HOMILIA DO PAPA BENTO XVI -Primeiras Vésperas do I Domingo de Advento

Basílica VaticanaSábado 27 de Novembro de 2010

Prezados irmãos e irmãs!
Com esta celebração vespertina, o Senhor concede-nos a graça e a alegria de inaugurar o novo Ano litúrgico, a começar pela sua primeira etapa: o Advento, o período que faz memória da vinda de Deus no meio de nós. Cada início traz consigo uma graça particular, porque é abençoado pelo Senhor. Neste Advento, mais uma vez, poderemos fazer a experiência da proximidade daquele que criou o mundo, que orienta a história e que cuidou de nós, chegando até ao ápice da sua condescendência, fazendo-se homem. É precisamente o mistério grandioso e fascinante do Deus-connosco, aliás do Deus que se faz um de nós, que celebraremos nas próximas semanas, caminhando rumo ao Santo Natal. Durante o tempo de Advento, sentiremos a Igreja que nos toma pela mão e, à imagem de Maria Santíssima, exprime a sua maternidade levando-nos a experimentar a expectativa jubilosa da vinda do Senhor, que a todos nos abraça no seu amor que salva e consola.
Enquanto os nossos corações se preparam para a celebração anual do nascimento de Cristo, a liturgia da Igreja orienta o nosso olhar para a meta definitiva: o encontro com o Senhor que há-de vir no esplendor da glória. Por isso nós que, em cada Eucaristia, «anunciamos a sua morte, proclamamos a sua ressurreição e aguardamos a sua vinda» vigiamos em oração. A liturgia não se cansa de nos encorajar e animar, pondo nos nossos lábios, nos dias de Advento, o clamor com o qual se encerra toda a Sagrada Escritura, na última página do Apocalipse de São João: «Vinde, Senhor Jesus!» (22, 20).
Estimados irmãos e irmãs, a nossa reunião desta tarde, para dar início ao caminho de Advento, enriquece-se com outro motivo importante: juntamente com toda a Igreja, queremos celebrar solenemente uma vigília de oração pela vida nascente. Desejo manifestar o meu agradecimento a todos aqueles que aderiram a este convite, bem como a quantos se dedicam de modo específico ao acolhimento e à conservação da vida humana nas diversificadas situações de fragilidade, de modo particular no seu início e nos seus primeiros passos. É precisamente o começo do Ano litúrgico que nos faz viver novamente a expectativa de Deus que se faz carne no seio da Virgem Maria, de Deus que se faz pequenino, que se torna menino; fala-nos da vinda de um Deus próximo, que quis voltar a percorrer a vida do homem desde os primórdios, e isto para a salvar totalmente, em plenitude. E assim, o mistério da Encarnação do Senhor e o início da vida humana estão íntima e harmoniosamente ligados entre si, no único desígnio salvífico de Deus, Senhor da vida de todos e de cada um. A Encarnação revela-nos com uma luz intensa, e de modo surpreendente, que cada vida humana tem uma dignidade altíssima, incomparável.
O homem apresenta uma originalidade inconfundível em relação a todos os outros seres vivos que povoam a terra. Apresenta-se como sujeito único e singular, dotado de inteligência e de vontade livre, mas também composto de uma realidade material. Vive, simultânea e inseparavelmente, na dimensão espiritual e na dimensão corporal. Sugere-o também o texto da primeira Carta aos Tessalonicenses, que foi proclamado: «O Deus da paz — escreve São Paulo — vos conceda a santidade perfeita. Que todo o vosso ser, espírito, alma e corpo, seja conservado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!» (5, 23). Portanto somos espírito, alma e corpo. Fazemos parte deste mundo, estamos ligados às possibilidades e aos limites da condição material; ao mesmo tempo, estamos abertos a um horizonte infinito, capazes de dialogar com Deus e de O receber em nós. Trabalhamos nas realidades terrenas e, através delas, podemos sentir a presença de Deus e tender para Ele, que é verdade, bondade e beleza absoluta. Saboreamos fragmentos de vida e de felicidade, enquanto aspiramos à plenitude total.
Deus ama-nos de modo profundo, total, sem distinções; chama-nos à amizade com Ele; torna-nos partícipes de uma realidade que está acima de toda a imaginação e de qualquer pensamento e palavra: a sua própria vida divina. Com emoção e gratidão, tomamos consciência do valor, da dignidade incomparável de cada pessoa humana e da grande responsabilidade que temos para com todos. «Cristo, novo Adão — afirma o Concílio Vaticano II — na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime... pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-se de certo modo a cada homem» (Constituição Gaudium et spes, 22).
Acreditar em Jesus Cristo exige também um novo olhar sobre o homem, um olhar de confiança, de esperança. De resto, a própria experiência e a recta razão dão testemunho de que o ser humano é um sujeito capaz de entender e querer, autoconsciente e livre, irrepetível e insubstituível, ápice de todas as realidades terrenas, que deve ser reconhecido como valor em si mesmo e merece o acolhimento com respeito e amor. Ele tem o direito de não ser tratado como um objecto a possuir, ou como algo que se pode manipular a bel-prazer, o direito de não ser reduzido a puro instrumento, em vantagem de outrem e dos seus interesses. A pessoa é um bem em si mesma, e é necessário buscar sempre o seu desenvolvimento integral.
Além disso, se for sincero, o amor por todos tende espontaneamente a tornar-se preferencial pelos mais débeis e pobres. É nesta linha que se insere a solicitude da Igreja pela vida nascente, a mais frágil, a mais ameaçada pelo egoísmo dos adultos e pelo obscurecimento das consciências. A Igreja reitera continuamente aquilo que já o Concílio Vaticano II declarava contra o aborto e contra toda a violação da vida nascente: «A vida deve, pois, ser salvaguardada com extrema solicitude desde o primeiro momento da sua concepção» (Ibid., n. 51).
Existem tendências culturais que procuram entorpecer as consciências com motivações oportunistas. No que se refere ao embrião no ventre materno, é a própria ciência que põe em evidência a autonomia do mesmo, capaz de interagir com a mãe, a coordenação dos seus processos biológicos, a continuidade do seu desenvolvimento e a crescente complexidade do seu organismo. Não se trata de um acervo de material biológico, mas sim de um novo ser vivo, dinâmico e maravilhosamente ordenado, um novo indivíduo da espécie humana. Assim foi Jesus no seio de Maria; assim é para cada um de nós, no ventre da própria mãe. Com o antigo autor cristão Tertuliano, podemos afirmar: «Já é um homem, aquele que o será» (Apologético, IX, 8); não há qualquer razão para não o considerar pessoa, desde a sua concepção.
Infelizmente, mesmo depois do nascimento, a vida das crianças continua a estar exposta ao abandono, à fome, à miséria, à enfermidade, aos abusos, à violência e à exploração. As múltiplas violações dos seus direitos, que se verificam no mundo, ferem dolorosamente a consciência de cada homem de boa vontade. Diante do triste panorama das injustiças cometidas contra a vida do homem, antes e depois do seu nascimento, faço meu o apaixonado apelo do Papa João Paulo II à responsabilidade de todos e de cada um: «Respeita, defende, ama e serve a vida, cada vida humana! Unicamente por esta estrada encontrarás justiça, progresso, verdadeira liberdade, paz e felicidade!» (Encíclica Evangelium vitae, 5). Exorto os protagonistas da política, da economia e das comunicações sociais, a fazer tudo quanto estiver ao alcance das suas possibilidades para promover uma cultura sempre respeitosa da vida humana, para alcançar condições favoráveis e redes de apoio ao seu acolhimento e desenvolvimento.
À Virgem Maria, que recebeu o Filho de Deus feito homem com a sua fé, o seu cuidado cheio de desvelo, o seu acompanhamento solidário e vibrante de amor, confiemos a oração e o compromisso a favor da vida nascente. Façamo-lo na liturgia — que é o lugar onde vivemos a verdade e onde a verdade vive em nós — adorando a Eucaristia divina, na qual contemplamos o Corpo de Cristo, aquele Corpo que recebeu a carne de Maria por obra do Espírito Santo, e dela nasceu em Belém, para a nossa salvação. Ave, verum Corpus, natum de Maria Virgine!


O que é o Advento ?

A palavra "advento" quer dizer "que está para vir". O tempo do Advento é para toda a Igreja, a vivência do mistério de espera e preparação da vinda de Cristo. Neste tempo celebramos nas primeiras semanas a espiritualidade de espera da segunda vinda, e nas semanas mais próximas a seu fim a preparação para as solenidades de sua primeira vinda, seu nascimento.

É Momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse Tempo possui as duas características já citadas: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.

Origem

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha tinha caráter ascético com jejum abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

Teologia do Advento

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15) . O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos. O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.

A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referencia e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

Espiritualidade do advento

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, "lutando até o sangue" contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

As Figuras do Advento:
ISAIAS

É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim, os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos.

JOÃO BATISTA

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (conf. Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).

A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta-lO como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento; por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.

João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profecias do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

MARIA

Não há melhor maneira de se viver o Advento que unindo-se a Maria como mãe, grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus precisou do sim de Maria, hoje, Ele também precisa do nosso sim para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se "preparou" para o nascimento de Jesus, a começar pele renúncia e mudança de seus planos pessoais para sua vida inteira, nós precisamos nos preparar para vivenciar o Seu nascimento em nós mesmos e no mundo, também numa disposição de "Faça-se em mim segundo a sua Palavra" (Lc 1, 38), permitindo uma conversão do nosso modo de pensar, da nossa mentalidade, do nosso modo de viver, agir etc.

Em Maria encontramos se realizando, a expectativa messiânica de todo o Antigo Testamento.

JOSÉ

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A Celebração do Advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.

As vestes litúrgicas (casula, estola etc) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal com exceção do terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima e se refere a segunda leitura que diz: Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto.(Fl 4, 4).

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser pendurada no prebistério, colocada no canto do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. O círculo sem começo e sem fim simboliza a eternidade; os ramos sempre verdes são sinais de esperança e da vida nova que Cristo trará e que não passa. A fita vermelha que enfeita a coroa representa o amor de Deus que nos envolve e a manifestação do nosso amor que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

Podemos também, em nossas casas, com as nossas famílias, mergulhar no espírito do Advento celebrando-o com a ajuda da coroa do Advento ou com a Escada do Advento que pode ser colocada ao lado da mesa de refeição.

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Assessoria Litúrgica Shalom

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Veni, Sancte Spiritus

Caríssimos irmãos

È o ESPÍRITO SANTO que nos dar a força, a coragem de anunciar o amor! este amor que ficou mais visível na morte de CRUZ de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.É o Espírito Santo que faz a igreja ser mais Bela , dando ela essa força de um igreja quer salvar seus filhos e fazer deles santos, dando ela essa força de se espalhar para mundo e anunciar o amor mudar e que liberta: o AMOR DE CRISTO JESUS. É pelo espírito que sou transformado e sou liberto por este amor misericordioso do PAI. Por isso, venho pedir a cada um de vocês que vão acessar  rezarem esta Oração Tão magnífica pedindo a Nosso Senhor , o Seu amor, Seu Espírito       de amor que transformar vidas e que cada dia dar a igreja esta força de cada vez mais cumpri a sua missão de evangelizar. REZE COMIGO:


ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO
Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vosso fiéis
E acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
OREMOS: 
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Espírito Santo,
Fazei que apreciemos retamente todas as coisa, segundo o mesmo Espírito,

E gozemos sempre da Sua consolação, por Cristo Senhor Nosso. Amém!

E que o e Espírito de Amor, possa te transformar. 

VENI SANCTE SPIRITUS !!!